sábado, 25 de abril de 2015

O plano

Não podendo divulgar muito sobre o plano (assinei um contrato de confidencialidade - e, na verdade, parece-me justo, é o trabalho do Miguel*, quem quiser ser seguido por ele que contrate os seus serviços ;-) ), posso dizer que não é um típico plano aconselhado pela generalidade dos nutricionistas.

O plano não é de redução calórica, é de aceleração de metabolismo e ganho de massa muscular. E isto foi outra coisa que me agradou bastante. Emagrecer "só porque sim" era algo por que eu já tinha passado (fechar a boquinha e ingerir pouquíssimas calorias tem obviamente essa consequência, mas não é saudável nem com resultado a longo prazo) e não era isso que eu queria.


Na consulta que tive com o Miguel solidifiquei ainda mais a ideia de que estava bem entregue. Tive uma "aula" de nutrição, aprendi coisas em 30 minutos que todos deveríamos saber (por exemplo, a importância de todos os macro-nutrientes na nossa alimentação e o seu papel no funcionamento do organismo, incluindo hidratos de carbono e gordura), e tive um choque quando fui confrontada com a realidade do meu "dia-a-dia alimentar". Ele explicou-me no que consistiria o plano dele e as maiores diferenças para os planos "tradicionais", disse-me que ia ser uma grande mudança na minha vida, para pensar bem se era algo que eu queria, para não lhe responder já, deixar passar uma semana, reflectir sobre o assunto e então comunicar-lhe a decisão.

Estávamos na semana antes do Natal, e ele disse-me que mesmo que a decisão fosse avançar, só começaríamos o plano em Janeiro, e nunca nessa altura de festas.

Saí de lá com a certeza que diria que sim, mas deixei passar mais essa semana. Disse-lhe depois que sim, e começámos a tratar das formalizações.

Iniciei o plano no final de Janeiro. Deveria ter sido logo no início, mas o ginásio em que estava inscrita não abriu quando indicado, e o plano não pode ser começado sem a vertente de desporto. A espera por novidades de abertura do ginásio, o perder a paciência e acabar por me inscrever noutro fez com que passassem 3 semanas...

E no dia 27 de Janeiro começou a mudança.

Se me perguntam se recomendo isto a toda a gente, a resposta é 'não'. Não é um plano fácil de seguir, exige muita dedicação, muito auto-controlo, é muito restritivo em termos de alimentos que se podem consumir (à pergunta 'posso comer o alimento xpto?' a resposta é sempre 'só pode comer o que está listado na sua dieta') e todas as refeições têm que ser pesadas (é a única forma de garantir que se está a ingerir a quantidade pretendida de macro-nutrientes e de calorias). Também por este motivo não se pode comer a mais do que o que está listado, nem deixar comida no prato.
Isto quer dizer que todas as refeições que ingerimos têm que ser preparadas por nós, pelo que sempre que vamos para algum lado temos que levar a marmita atrás.
É claro que este "tem que" e "não pode" depende do quão dedicado se está ao plano, mas desde o primeiro dia que assumi que ser era para ser, era para ser a sério.
Para além disto, há a musculação e o cardio, que optei por fazer 5 vezes por semana (poderiam ser 4 ou 3, mas os resultados também demorariam mais a aparecer - e, lá está, se é para ser, é para ser a sério.)

Não foi fácil, nada fácil, principalmente a primeira semana. Mas isso fica para outra publicação. ;-)




*Miguel Kennedy
Functional Diagnostic Nutritionist & Functional Medicine Practitioner
Biosignature Modulation Practitioner
Sports Nutrition Consultant
 miguel.kennedy@caloriejunkies.com

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