quinta-feira, 30 de abril de 2015

Canções que dão pica #1 [em constante actualização]

No treino de cárdio tenho que dar tudo por tudo, 100%, run for your life! E isso é muito mais fácil com a banda sonora certa.
Tenho andado a construir uma setlist de "canções que dão pica" - a lista está em constante actualização, às vezes tiro umas canções porque me farto delas, às vezes acrescento outras de que me lembro ou que descubro. Se tiverem mais sugestões, partilhem!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Do apoio

Houve e tem havido duas pessoas muito importantes para mim ao longo deste processo: o meu homem, que me apoia, me atura, me prepara tantas refeições quando eu chego a casa tarde e stressada porque ainda tenho tanto para fazer e tão pouco tempo para dormir, me incentiva e não me deixa cair em tentação; e uma amiga, que de tudo isto só não me preparou refeições (mas se vivêssemos juntas aposto que até isso - até porque, reparem, ela tem jeito para a coisa! :-) ). O apoio deles foi e tem sido fundamental.

Como disse, os primeiros tempos não foram fáceis, foi toda uma habituação a um novo dia-a-dia, ainda mais intensificado por ser em regime de restrição alimentar. E foi muito importante (ainda é) poder contar com eles neste processo, poder desabafar, poder simplesmente falar disto, dos progressos, das dificuldades, das descobertas, do orgulho que sentia e sinto a cada objectivo atingido, enfim, ter alguém a apoiar-me. Houve muita, muita gente a criticar esta minha decisão e o plano que escolhi seguir, e foi muito importante poder chegar a casa ou ao telefone e desabafar e sentir-me apoiada (não que alguma vez me tenha arrependido, mas sabe bem expiar a raiva de tanta objecção).

Já lhes referi a ambos várias vezes a importância do apoio que me têm dado. Fica agora registado na nuvem, também! :-) <3

terça-feira, 28 de abril de 2015

A primeira semana

Antes de começar o plano dizia que não sabia bem o que me ia custar mais: começar a levantar-me todos os dias às 06h e pouco para ir treinar, o treino em si, ter que pesar e preparar a comida toda, ou passar a comer sete refeições por dia. Claramente que o mais difícil foi a quantidade de refeições.

A primeira semana foi horrível. Não há outra palavra. O primeiro dia de treino deixou-me de rastos (quando terminei literalmente tive que me agarrar ao corrimão para subir o lance de escadas que dá acesso ao balneário), as cerca de 7 horas de sono não eram suficientes para recuperar do cansaço do dia e ganhar força para o dia seguinte, e, acima de tudo, estava sempre mal disposta. 

domingo, 26 de abril de 2015

O choque da realidade

Como disse antes, a minha alimentação era péssima e eu sempre o soube, mas ia dando (ou fingindo que dava).

Uma das informações que o Miguel pede na altura da inscrição é a rotina alimentar "no dia anterior". Falámos sobre isso logo no dia da consulta, e eu disse-lhe que tinha feito anos na véspera, portanto era um dia atípico (tinha almoçado e jantado, imagine-se!), e que portanto lhe diria como era a minha rotina alimentar normalmente. Ele vai escrevendo no quadro o que lhe vou dizendo, pequeno-almoço, meio da manhã, almoço, meio da tarde... "Então e jantar?", "Pois, eu não janto...", "Então e... Depois do meio da tarde não come mais nada?", "Sim, um leite com café ou chocolate ou cevada e umas torradas à noite, às vezes uma sopa...".
Depois da lista das refeições no quadro, ele começou a caracterizá-las em termos de macro-nutrientes: açúcares, açúcares, açúcares...; um bocadinho de proteína e hidratos ao almoço; açúcares, açúcares, açúcares. Não era nada que eu não soubesse, é verdade, mas confesso que ver aquilo assim escrito à minha frente me deu vontade de chorar. Acho que ele percebeu que eu fiquei mesmo sensibilizada, e só me disse que em tantos anos de experiência, este era um dos casos com maior deficiência nutricional que ele tinha visto. E mais uma vez deu-me dois ou três exemplos de órgãos que precisam de determinados macro-nutrientes para cumprirem a sua função.

Foi, ao mesmo tempo, muito esclarecedor e muito assustador, também.

Mas foi mais uma prova de que estava a mudar para o caminho certo.

sábado, 25 de abril de 2015

O plano

Não podendo divulgar muito sobre o plano (assinei um contrato de confidencialidade - e, na verdade, parece-me justo, é o trabalho do Miguel*, quem quiser ser seguido por ele que contrate os seus serviços ;-) ), posso dizer que não é um típico plano aconselhado pela generalidade dos nutricionistas.

O plano não é de redução calórica, é de aceleração de metabolismo e ganho de massa muscular. E isto foi outra coisa que me agradou bastante. Emagrecer "só porque sim" era algo por que eu já tinha passado (fechar a boquinha e ingerir pouquíssimas calorias tem obviamente essa consequência, mas não é saudável nem com resultado a longo prazo) e não era isso que eu queria.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O treinador

A primeira vez que ouvi falar do Miguel foi em Março de 2014, no seguimento de um workshop que fiz que, sendo sobre saúde feminina e não directamente relacionado com nutrição ou desporto, acabou por tocar nalguns pontos que são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo.
Nessa altura pensei que deveria marcar consulta com ele, que tinha boas referências e que me parecia que aquilo que ele defendia e praticava ia ao encontro daquilo que são também os meus valores. Mas mais uma vez adiei.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Da motivação

A minha relação com a comida nunca foi boa. Na adolescência tive ali uma fase que esteve no limite de ser grave, com distúrbios alimentares. Foi passando, nunca mais voltei a esse ponto, mas a relação com a comida nunca mais foi boa. 15 anos depois continuava a ter noção disso, e a vontade de aprender a comer continuava a crescer, à medida que também crescia a consciência de que o que estava a fazer não era bom para mim.

Queria mudar de vida, aprender a comer, comer saudável (tenho tido desde há alguns anos alguma preocupação neste sentido em termos de produtos biológicos,  mas tudo caía por terra com o tipo de alimentação que (não) fazia), sentir-me saudável e, se conseguisse, sentir-me bem no meu corpo.

Sabia que queria mudar, mas tinha noção que precisava de ajuda.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Eu era um cepo

Começo este blog no dia em que iniciei a recta final do meu plano de nutrição e exercício físico. Não lhe chamo dieta porque foi e é muito mais do que isso, foi um plano delineado para mim, uma mudança de mentalidade, de postura, de vida.
Eu era um cepo.
Não fazia desporto há uns cinco anos (talvez mais). Comia uma refeição decente por dia, ao almoço. E de repente, de um dia para o outro, no dia em que comecei o plano, passei a comer sete refeições diárias, e a fazer treino de musculação e cardio cinco vezes por semana. Não foi fácil, claro, mas esse relato virá depois.
Hoje começou a recta final. Em princípio, mais cinco semanas e estou "livre". Uma mulher nova, muito curiosa e ansiosa por descobrir todo um novo mundo saudável que entretanto estou a começar a conhecer e a apreciar.
O blog servirá de relato, o mais aproximado com um "diário" que alguma vez tive.
Para não me esquecer de onde comecei - e não perder o rumo de onde quero chegar.